"Quer guerra? Eu a tenho!"
Há noites em que não mais sonho: deliro. É alucinação, calafrio, que te ponho.
Tesa alma versejada, que me dedica tal prosa desavergonhada; retribuo-o tanto agora, como se a minha alma todinha permanecesse desnuda.
Minhas mãos meu corpo trespassa, atingem sem ferir a minha couraça, e indefesa faço-me: totalmente libertina, sem ferir minha própria sina.
Ademais, dispenso exército em retaguarda, pois anseio tal guerrilha esperada.
O teu poderio conflitando com a minha submissão temporária. E, arredia, desvencilho-me, negando qualquer represaria.
Sobre o universo do teu corpo altivo aquieto minha carne. Faço-me prisioneira e submeto-me a total servidão, desde que seja feita como recompensa o seu ávido tesão.
Delicio-me nesta tresloucada batalha, que em sonho me põe em derrocada. Enfastio-me deste descaramento, sustento-te ainda viril com um único olhar e te abasteço, depois da coita, com o meu prolongado sussurrar.
E, assim, em arte luta corpórea, inscrevo-me para sempre na sua História: DEGREDADA ENSANDECIDA, GOZA A VITÓRIA!.
Trespassar: furar, varar.
Couraça: armadura para o peito (talvez um sutiã potente, rssss)
Tresloucada: endoidecida
Derrocada: desmoronamento.
Coita: Dor (gostosa de ser sentida, claro)
Degrega: condenada ao exílio.