MÉNAGE À TROIS

Não... Pára! Hoje não quero assim, toques, suores, ânsias, fomes...

Hoje quero um poema...

Faz-me um poema, amor...

Um poema que me deseje, me dispa, me afague, me penetre os sentidos, em todos os sentidos, em todas as matizes...

Quero um poema quente, vertido pela tua paixão ascendente, fremente, na berma da explosão artística...

Quero-o doce, ritmado, alado, amante...

Quero que me desenhes em palavras, as minhas curvas, as minhas sendas, as minhas manhas...

Quero que sintas ciúmes desse poema, porque,

para eu te amar esta noite, amor,

vou ter que amar esse poema...