EU QUERIA, MESMO, ERA SER POETA! (7)

EU QUERIA, MESMO, ERA SER POETA! (7)

DONATO RAMOS

01- "Quando a noite descer, insinuando um triste adeus, olhando os olhos teus", direi: "Boa noite, amor! Contigo sonharei." Minha dor vou esquecer, se eu souber que os teus sonhos foram os mesmos que sonhei. Boa noite, amor! Pense em mim, ao cerrar os olhos... Como se o desejo do beijo que ia te dar, se transformasse em realidade... Guarde, sem sonhos, os sentimentos maiores e minhas mãos entre as suas... Pensarei nos beijos que te dei, na quietude do teu colo. Sairei, depois, amor, pelas ruas que inventei na cidade da minha própria vida e farei uma serenata para mim, pro meu amor... Cantarei uma valsa que fala de saudade, saudade de mim... Saudade de nós dois!

02- A música nos fez embalar sonhos, quimeras, recordar angústias. Mas nos fez recordar também das coisas boas que passaram e que não retornarão jamais.

Recordemos a música do ontem que não morrerá nunca!

03- O sol se apagará para nós dois. As estrelas, não as sentiremos mais brilhar. É a morte do nosso amor, neste último beijo que lhe dou. Um último beijo, por favor, para lembrarmos depois.

04-Feche os olhos. Alongue o pensamento através do infinito do tempo e do espaço. Você vai visitar o passado, embalado pela música que não morre, que revive as coisas e as gentes... Sigamos sós, através do tempo para brincar de sentir saudade!

05- O tempo da serenata que não volta mais... Reminiscências, de coisas muito antigas mas tão vivas no pensamento de cada um. Feche os olhos. Ouça. Retorne aos caminhos andados, ouça os sorrisos que se apagaram no tempo e no espaço... Viva, outra vez, o que se foi e que só ficou na lembrança de cada um.

DONATO RAMOS
Enviado por DONATO RAMOS em 13/06/2008
Código do texto: T1031962