Talefing
Até onde segue a presunção? Até onde vai o egoísmo?
Cabeças rolam ante os pés de um “almado” aristocrata
Vida de infortúnios e mentiras
Sedento, vazio e desesperado. Um sociopata
Andei por caminhos excusos
Minha mente chafurda em devaneios
Arrasto cobaias, corpos e almas
Meu vampirismo poda seus quereres, saciem-me os desejos
Não quero ficar só, não quero ser só
Cuidado com suas muralhas, minhas lanças e canhões são grandes...
Perdão, amada, destrui-lhe a vontade
Fiz de sua vida meu instante
Aplico-me no mundo recluso
Não te convidei... te vendi uma vitrine
Preço maldito...
Matei-a. Destitui-a. Fiz-la um capricho que me fascine
Mas você foi maior, melhor...
Com amarras criou músculos
Com vendas viu o que deixei de ver
Com alma, me assustou com seu mundo
Estou só... largado e vazio
Você sempre esteve aqui...
Estou só... pútrido e envergonhado
Matei-a em minh’alma...
Mas como último ato de um pecador contrito...
Estarei aí, em penitência e afeto para sê-la feliz.
Serei feliz em você, mesmo morto.