Dia de São Valentim

* dia feio...

- já sei que gostas da noite e não do dia. Brilhas mais!

* já vens me acusar desse tal brilho! Descansa por hoje urso.

- perdoa-me, o tom de nossa conversa será único do inicio ao fim!

- não tive intenção de acusar-te de nada, muito menos de brilhar.

* simplesmente não gosto desse dia...

- percebo e aceito, mas adoraria transformá-lo para algo mais valoroso a ti!

- meu eu clama por isso...

- cada parte dele!

* apenas não gosto dele e pronto.

- Se me permitires adoraria contar a estória desse tão nefasto dia, posso?

* hunf...

- Destes de ombros estrelinha! Acredito que isso é um sim.

- Bem, começamos nossa estória numa época distante 1800 anos atrás. Era Roma a mãe de todos os impérios do mundo ainda! Estava perto a sua derrocada, mas eles ainda não sabiam que o legado latino seria o do jovem Galileu que unira com força e vida todo o império apenas falando de Amor. Legado este que já era a maior face da mãe de Rômulo e Remo por todo o mundo e não as leis e ordem que os Césares desejavam imortalizar. Ainda nessa época a constante e invencível maquina de guerra romana espalhava pelo mundo nada mais do que terror em sua própria casa, este terror não era diferente. Jovens rapazes de tenra idade e coração puro eram separados pelo estado para fazer parte do maior exercito do mundo! Tal édito veio de um homenzinho baixo que carrega um nome um tanto quanto vivo, mas diferente o César daquela época era chamado de Claudius II Gothicus, algo como Claudio II o obscuro! Logo se vê pelo nome o que lhe seria quem o ostenta. Pois o tal homenzinho, acho eu mais por nunca ter amado do que por estratégia de guerra como foi dito, que todos os jovens do sexo masculino após a idade de júpiter dos 14 aos 16 anos seriam separados e estes não conheceriam ao amor de uma mulher. Dariam sua vida pela mãe Roma e por tudo que servia de base a ela. Durante os anos que se seguiram não houve casamentos na tal cidade mundo, pelo menos assim pensava o nefasto César, não sabia ele que dentro de seus muros de terror e frustração que ele insistia espalhar, um coração nobre e com alegria o ignorava. Um bispo católico de nome Valentim oficiava às escondidas casamentos dizem serem seus nubentes mais de mil...

Assim dizem, mas o nefasto Cesar...

*Ainda o considero um dia feio!

- Sim estrela linda de meus olhos, mas quero que ouça e no final talvez compreenda o que este dia tem significado.

* Sim, Urso continue...

- Assim que o poderoso Imperador descobriu a façanha do tal bispo, o colocou a ferros e persuadido não se deu aos assédios do tal homenzinho. Este o condenou a morte Romana. Mesmo assim dizem que foram os casamentos celebrados sob os grilhões quase em mesmo numero de sua vida livre.

- E poderíamos pensar que se fez uma linda estória de fim talvez triste, mas como você mesma sabe estrelinha, DEUS trabalha segundo uma forma bem misteriosa ao nosso entendimento, ainda bem! Pois aos anos de prisão o jovem bispo que não se deu às investidas do tal obscuro homem, conhece uma linda jovem que não recebeu de nascença o dom da visão, mas dona de olhos tão azuis como o próprio céu. Filha de um de seus carcereiros, conseguiu a permissão de seu pai para que visitasse Valentim. Os nossos dois amigos também receberam uma visita! O mensageiro de Afrodite os trouxe, a cada um, uma de suas flechas e se deram ao amor tão facilmente como olhar o brilho de uma estrela!(não é um trocadilho é apenas algo que meça apropriadamente a tarefa!) Pois bem, entregues ao amor e tudo que ele trás o apaixonado casal se fez forte e único. Tão único que DEUS os presenteou com um milagre, presenteou nossa menina de olhos de céu com algo que ela nunca teve, deu a ela a visão do rosto de seu amado Valentim! Logo a noticia correra por todos os lados e chegando aos ouvidos do tal homenzinho o cegaram de ódio, separou os jovens amantes de se verem, e pelas letras de suas cartas os seus corações se uniram mais ainda, completaram-se e os tornou um, o que sentiam. O tal obscuro homem mandara executar sua sentença e na manha do dia 14 de fevereiro de 270. DC, o Bispo Valentim era decapitado com mandava a lei romana, mas não antes de enviar seus últimos pensamentos ao coração de sua amada Assíria, que significa graciosa, onde dizia que mesmo separados fisicamente ele dera a ela tudo o que tinha de melhor! Tudo. Estaria com ela enquanto vivesse ela deveria carregar uma certeza: se houvesse outro ser humano a quem lhe daria sua vida esta seria sua jovem amada. Ao assinar, sem imaginar o jovem bispo imortalizava a frase de todo apaixonado que nascera após sua estória, “do teu Valentim”.

- pois lembra minha estrela de coração lindo e vivo, ainda que eu um desterrado urso, tenha apenas minha força e mente como tesouro, ofertaria a ti sem solfejos!

* Sempre exagerado!

- Sim, mas não seria o exagero apenas um recurso para a evidente realidade de que tudo que recebas será de bom grado, ofertado com nobreza mesmo a minha acho eu que valha algo, e porque és sim! Merecedora de cada grão da tal tão rara e perseguida felicidade que te ofertem!

- Portanto estrela se neste tão nefasto dia, tão pesado, se receberes algo ofertado mesmo que por uma fera de garras e presas apenas saiba que terás recebido do que de mais forte e vivo carrega o meu coração de urso. És para ti o meu desejo de felicidade, seja qual for a que desejares, e venha ela até seu coração nos braços do meu único tesouro, que me livrou dos grilhões da nefasta dor.

- Tu o conheces pelo nome de Amor...

*...

CLT
Enviado por CLT em 11/06/2008
Reeditado em 20/12/2008
Código do texto: T1028841
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