MISÉRIA HUMANA
Estou doente por sua causa, por sua causa, por sua causa. Nada existia antes de você surgir, e você surgiu deste nada, meio de perfil, querendo ser esquecido a cada viagem, sem ao menos...nem que mesmo tivesse um bom dia ou boa tarde.
Ah, este cansaço que me abate febril, pobre mulher solta que agora sou vigiando sua pessoa (aonde?) ou (Quando?), ah estou vencida, entregue a este martírio agridoce.
Ah este seu rosto tem me acabado. Como posso amar assim? Nesta dor incolor, inodora...sem fim...
Que angustia: ouço o ranger dos moeis no silencio:é você fazendo amor, trai-me sem traição que há. Por que neste momento estou entregue a ti, mas outra te recebe, e outra que tu possuas com força ou delicadeza, talvez cheio de safadezas...e eu pobre mulher solta que estou.
Nada mais sei de você.
Desejo apenas esta miséria humana, parte do existir.
Desmorono...