Cerradas Janelas da Alma
Eu encarava o rosto dela
Seus belos olhos azuis
Seu profundo cabelo negro
Sua pele alva avermelhada pela dor
Seu pranto era só seu
A luz refletia nos fios de lágrimas
E ela me olhava
Se entedia o que ela me dizia
Não sabia
Se compreendia sua dor
Não sabia
Mas ainda assim ela me olhava
Esperava algum milagre
Dizia que queria me conhecer melhor
Que queria me entender
Entender o que?
E eu fitava os fios de prata em seu rosto
Ela me bateu e disse que estava indo embora
Um tapa na bochecha
Apenas a observei saindo
E uma última vez ela se virou e implorou
Implorou que dissesse algo
Então eu abri as cerradas janelas da alma
E não havia nada para ver