CONHECER-TE FOI UMA DOCE LOUCURA.

 

 

Eu desejo amar e ser amado!

 

 

Foi indizível e fascinante o doce passo dado para conhecer-te, mesmo que não concordes, ele foi um passo em direção à completude existencial, mas infelizmente as fortes correntezas emocionais acabaram por nos distanciar nesse mar incompreensível da vida.

No princípio foi como se ganhássemos um premio do inominável Deus, e assim, vivíamos envolto por um portal inefável de amor, uma verdadeira guarida para os nossos sonhos que não eram poucos.

Agora, depois de um misterioso silêncio, eu quero te agradecer pela magia e o encantamento com que sempre me envolveste.

Eu quero te agradecer pelas noites aquecidas de amor que juntos desfrutamos, pelas emoções vividas, pela felicidade sentida e pelo alento indizível que tivemos a oportunidade de desfrutá-lo em cumplicidade.

Agora, desperta em mim uma louca saudade e, no atracar da noite, somente mariposas estonteadas sobrevoam os meus sonhos.

Eu te amei de um amor sem egoísmo, desmesurado e até irresponsável, e esse enlouquecido amor se portou sem exigências fatais e sem o mínimo de censura.

Nos primeiros tempos, ele foi se concretizando embasado tão somente no altruísmo, na verdade, mais tarde tive a oportunidade em demonstrar a verdadeira essência do meu amor.

Apesar desse choque emocional sofrido, ainda acredito que a acepção mais pura do amor reside na simples troca.

Infelizmente não houve o tônico vivificante do amor que é a troca, em contrapartida e, como murmúrios do inconsciente, deu-se a vez para explodir a incompreensão e a insensibilidade que tomou conta do teu coração.

Digo-te ainda com insuspeita convicção que o verdadeiro amor liberta e não escraviza, pois o amor é uma força incoercível que a tudo e a todos bondosamente vence.

Viveu-se sim, não um amor, mas sim uma paixão somente bordada e grávida de desejos efêmeros.

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 06/06/2008
Código do texto: T1022667