Laço

Queria dar laços apertados em meus versos, hoje.
Começar com nó, de 'levinho'...
Dar uma volta enorme... Rodear, no próprio eixo... Fazer  outro nó... Retornar...
Tudo para não chegar ao ponto da minha prosa.
Mas, um laço, não é aperto... É uma libélula, em movimento... É o infinito, em nossas mãos...
A primeira coisa que eu lembro, quando aprendi a dar laços, no sapato, no cabelo... E outro laço, mais certeiro, com os braços... Foi caminhar!
Um laço... Leve e lasso... É a vontade do coração. Um corpo que dá voltas no próprio eixo... Tudo para movimentar o sangue, que retorna... na mesma direção.
Um nó-cego, aquele que aperta tanto e não deixa o fio respirar... Esse castiga a alma e acaba com a circulação.
Amarrar versos, não é fácil... Abraçar vidas, também não é!
Rodear o próprio eixo pode ser desastroso... É um fingir existência exata e qualquer...
Fazer um nó e retornar ao centro, parece estagnação... Mas, se estiver preparado para retornar 'respirado', volte ao ponto de partida e faça da sua vida motivo de exaltação.
Como eu disse, no início, chegar ao ponto não é fácil... É bom!






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