Fantasma
Fiz um poema estranho
Nele não se ver a dor
Deixe meu langor de lado
Para falar de um sonhador.
Quem sonha por mais que minta
Descobre o azul do sol
Que brilha pra quem não corre
Aquece quem for melhor.
Sonhando o verme caminha
Em busca da perfeição
Vencendo as mágoas do tempo
Passando as trevas do chão.
Sonhei que era de sangue
Mas a carne me faltou
Sou fantasma distraído
Esquecido sem penhor.
Quero sair do abismo
Acordar para ver o dia
Sorrir aos olhos dos homens
Chorar depois da alegria.
Brasília 04/02/2007