Fantasma

Fiz um poema estranho

Nele não se ver a dor

Deixe meu langor de lado

Para falar de um sonhador.

Quem sonha por mais que minta

Descobre o azul do sol

Que brilha pra quem não corre

Aquece quem for melhor.

Sonhando o verme caminha

Em busca da perfeição

Vencendo as mágoas do tempo

Passando as trevas do chão.

Sonhei que era de sangue

Mas a carne me faltou

Sou fantasma distraído

Esquecido sem penhor.

Quero sair do abismo

Acordar para ver o dia

Sorrir aos olhos dos homens

Chorar depois da alegria.

Brasília 04/02/2007

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 04/06/2008
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