Não me cobre maior entendimento, já me expus até os ossos nas diversas tentativas de oferecer a esta tua maneira de viver a necessária saciedade. Morri e renasci muitas vezes, senti toda a intensidade do sol inclemente que surge nos teus olhos, quando teus argumentos não são atendidos a altura da tua satisfação.
A final de contas; preciso viver assim? Com minha vida, eternamente atrelada aos teus interesses, sem contrapartida ao meu estilo. Algo me diz que nas minhas lembranças, nem o odor da liberdade se oculta mais no meu coração.
Perdi através do tempo a minha individualidade, por isso tu não me enxerga mais, sou fantasma, a nulidade que semeaste em mim.
Portanto se assim vivo, não lhe digo, não contesto, ou seja, não existo para no contexto ser teu par. Então vives sozinha, tendo-me como companhia, porque um dia tentamos ser harmonia, mas de ti obtive o demais e tudo isso me matou.