"Rei destronado!"
Se, passado ventura, restar infortúnio, destino será buscar tal fortuna. Seja nos braços de outro alheio, ou na saudade que afaga em meu seio. Por menor ou maior temperança, é essa a minha esperança: ver-se falhar a vingança de desfazer-te de minha lembrança.
E para os demais dias, velejar minhas alegrias, em mares dispersos nos passados olhares, que em calmaria revestida, ocultava a vencida ira.
Findou-se seu tempo de rei, neste meu principado. Há, longe da ficção, um mundo calado, que restaura ruínas de um passado, de pouco tempo acordado. Seja noite, escuridão minha, que abriga. Ou então, dia, e nascer de minuto em minuto sem mais nostalgia.