Minha paixão, sou o teu Rei o teu tesão.

Autor: Daniel Fiúza.

16/04/2004

Vejo teu corpo, teu rosto, teu gosto, tudo disposto, no tesão imposto. Faço a escolha na tua bolha, tiro a rolha, arranco a folha. Nada me poupa, tiro tua roupa, bebo tua sopa, me espalho. Te Malho, te talho, te calho, meu falo, te fala, te cala, te embala, no escombro, te assombro, sem ombro, meu talo. Tuas brechas, tuas frestas, tuas réstias não falho. Sou teu macho, teu facho, te acho, te basto. Tuas brincadeiras, cirandeiras, dá bandeira, vem pela beira, és a primeira a amar. Empresta tua gostosura, tens fartura, vem na gula, o tempo pula, me anula, quebro minha jura. Te canto, te janto, te espanto, te desmancho em talhos. Na maldade, tens liberdade, tens vaidade, tens a saudade, tens tudo, não me deixas mudo, me faz gritar. Na tua beleza pura, se entrega, me fatura, me arrasta, me segura, me cozinha na fervura, me apresentas o céu. Faz o meu querer, Te lamber, ter prazer, te bater, no gozo profundo. Nas palavras enigmáticas, temáticas, sorumbáticas, alegres e antipáticas, tão sutis e sistemáticas, meu fico vai te entreter. Entre tapas e beijos, meu desejo, meu queijo, meu pejo, meu tudo, é todo poder. Eu te maltrato, te cato, te auto-retrato, te faço de gato e sapato, somente pra te comer. Te guardo na emoção, preencho teu vão, sou teu patrão, teu guardião, teu senhor teu bem querer. Sou maluco, caduco, me acabo no vuco-vuco. Abirobado, tarado, depravado, firme calado, mas grito no teu ouvido, desperto teu sentido, te aliso atrevido, te deixo perturbando, sem fala, e traspassada, com minha lança penetrada, perdida na sedução. Sem trança, faz a dança, meu galope não cansa. Aceita minha sedução, perde a respiração, fica na aflição, na emoção. Ofegante, excitante, no gesto escaldante, fala palavrão, deselegante sem opção. Me lembrando que és minha! Minha galinha, Minha rainha, sou o dono do teu corpo, do teu gosto, sou teu oposto e sempre te terei, sou teu mestre no amor, eu sou teu rei.