O SONHO QUE NÃO SE REALIZOU - GARELLI
Era naquele alto da mangueira,
Ano de mil novecentos e setenta e quatro,
Construção de milhares de poesias,
Lá no fundo do meu quintal,
Quinze contos para fotonovelas,
Escritos e enviados pelos correios,
Para a grande revista Contigo,
Escondidos dos meus familiares.
Jamais tive qualquer resposta,
Sempre com aspirações,
De ganhar um grande prêmio,
E satisfazer o meu maior desejo,
Comprar uma motoneta Garelli,
Recorte e mais recortes,
Daquela motoneta Garelli,
Viviam estendidos no meu quarto,
Dentre as folhas de livros e cadernos,
E vários escritos com os dizeres,
“Vou ganhar este prêmio e comprar uma Garelli”
Vou guardar a minha monareta,
E andar de moto Garelli,
Vermelha da cor dos meus sonhos,
Horas e dias folheando as fotos,
E sempre vendo as fotonovelas,
Para saber se algum dos meus contos,
Foram um dos premiados,
E transformados nas edições de fotonovelas.
Nada, nada disso sucedeu,
O tempo se esgotou nas esperanças,
Olhava nas manhãs de sol,
O carteiro passando todos os dias,
Vontade alucinada eu tinha,
De verificar naquele pacote,
Se havia alguma carta com o meu nome,
Indignado, um dia atravessei a rua,
Interroguei o velho carteiro Israel,
Vizinhos do carteiro falavam,
Que no fundo do quintal,
O carteiro Israel abria as correspondências,
Para saber se havia dinheiro,
-Senhor Israel, aí não tem uma carta pra mim?
-Nenhum aviso da Revista Contigo?
Israel respondeu com um sorriso irônico,
- E tu já escreves carta?
E tudo caiu na perdição do esquecimento,
Era naquele alto da mangueira,
Ano de mil novecentos e setenta e quatro,
Construção de milhares de poesias,
Lá no fundo do meu quintal,
Quinze contos para fotonovelas,
Escritos e enviados pelos correios,
Para a grande revista Contigo,
Escondidos dos meus familiares.
Jamais tive qualquer resposta,
Sempre com aspirações,
De ganhar um grande prêmio,
E satisfazer o meu maior desejo,
Comprar uma motoneta Garelli,
Recorte e mais recortes,
Daquela motoneta Garelli,
Viviam estendidos no meu quarto,
Dentre as folhas de livros e cadernos,
E vários escritos com os dizeres,
“Vou ganhar este prêmio e comprar uma Garelli”
Vou guardar a minha monareta,
E andar de moto Garelli,
Vermelha da cor dos meus sonhos,
Horas e dias folheando as fotos,
E sempre vendo as fotonovelas,
Para saber se algum dos meus contos,
Foram um dos premiados,
E transformados nas edições de fotonovelas.
Nada, nada disso sucedeu,
O tempo se esgotou nas esperanças,
Olhava nas manhãs de sol,
O carteiro passando todos os dias,
Vontade alucinada eu tinha,
De verificar naquele pacote,
Se havia alguma carta com o meu nome,
Indignado, um dia atravessei a rua,
Interroguei o velho carteiro Israel,
Vizinhos do carteiro falavam,
Que no fundo do quintal,
O carteiro Israel abria as correspondências,
Para saber se havia dinheiro,
-Senhor Israel, aí não tem uma carta pra mim?
-Nenhum aviso da Revista Contigo?
Israel respondeu com um sorriso irônico,
- E tu já escreves carta?
E tudo caiu na perdição do esquecimento,