Um auto- perfil....

Sou assim...

Sou meiga e démodé, sou da internet, sou do mundo.

Sou crédula e desconfio

Impulsiva e atirada

Por vezes sonhadora

Eterna viajante

Romântica incurável,

Amiga,

Apaixonada, triste e melancólica.

Sorridente e bem humorada,

Chata, prestativa, verdadeira.

Receptiva e acolhedora

Amante, entregue.

Sou sem bula e sem prospecto

Esqueceram de me traduzir

Não tem como dublar, cópias ficam imperfeitas.

Versão única

exclusiva

Sem revelação dos segredos da confecção ao produto final

Indizível,

Apenas me observe, tentar entender, não sei...

Sou flores do campo, sou rosa.

Vermelha sou chama incenso, cristal,

Sou Bolero de Ravel e também dona de meu caminho.

Sempre sou café quentinho, saindo fumaça, mas às vezes me transformo daí sou vinho suave, posso ser do frio e do calor.

Sou sempre emoção,

Choro engasgado, brilho ambulante nos olhos,

Pedido de colo, carente de amor, de dormir agarradinha.

Sou mulher, muito criança ar de menina olhar que seduz,

Ou abraços apertados, sou insone e sem juízo,

Sou sem dono...

Sou sol no fim da tarde

Sou o amor da lua

Sou loba uivando meus orgasmos e minha eterna solidão.

Sou assim delicada, grande e desajeitada,

Que falo gesticulando

Que gesticulo falando.

Sou real, intensa transbordante.

Derramada alagada

Sou eu,

Sou da Tássia, Theo, das Elys, Yane, Bi e Manie

Dos irmãos, da família, de Dani, de Ju e Jair, de todos os amigos, e fui de amores, e sou do amor.

Sou de capricórnio

Excessiva organizada,

Pé no chão sou terra,

Mas se voar, viro minhas borboletas e o mundo fica pequeno...

Sou das pessoas, humana,

Mas sou fria, sou dos números, do compromisso da rigidez.

Mas sou eu, errada, errante,

Perfeita nas imperfeições,

De certo, um alguém para amar,

E nunca para entender...

Sou eu, Rosi, Rô, Roro, Rosa, Rose, Roseane, Rose Marie, que podia ser Natália, pelo meu dia,

Que sou Rose - (a flor mais antiga, rosa) Ane (cheia de graça),

Qualquer semelhança, se não for eu, é coincidência...

Essa sou eu...

Uma estranha poetiza maluca e a deriva mora em mim...