FOME DE VIDA.

Meu apetite aumenta. Não, dessa vez é fome, mesmo. Fome de palavras. Fome de música. Fome de gente. Há um espaço enorme aqui pedindo mais. A minha necessidade de repor energia é eterna. Como é imortal o desejo de interação. Meu corpo e meu espírito clamam por alimentos. Mas não qualquer alimento. Esse é o meu problema maior. Clamo por um prato de justiça. Detesto quando a ignoram. O espaço espiritual continua largo, mas escrever também me nutre. Assim escrevo compulsivamente. Outras vezes leio da mesma forma ansiosa. Em outras como e me esbaldo em chocolates, pipocas, coca zero, café, massas. Mas também me esbaldo em carinhos. Sou boa em dar e receber. Uma mulher sensorial. Aparentemente calma, mas faminta de vida. Da vida que eu quero ter.
Evelyne Furtado
Enviado por Evelyne Furtado em 26/05/2008
Reeditado em 27/05/2008
Código do texto: T1006676
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