Do vinho a água

Vou do vinho a água. Meu corpo adormece num instante nos braços da noite. Minha alma flutua na correnteza do riacho. Dou ao corpo os sentidos, abrolho a alma com o aroma, ofereço aos deuses o vento e a majestade o fogo.

Não margeio sem o silêncio, nem mergulho sem os passos... Rasgo o atalho com o olhar e ouço o segredo preso na lembrança das dores. Abocanho a dor e me entrego no rio do acolhimento.