Infância
menino brincava no barro
o cavalo era de pau
cabo de vassoura tem sua serventia
A joia poética que o poetrixta Pedro Cardoso deu o batismo de "Infância" ao escrever seu terno poetrix, retrata, de forma singela e nostálgica, uma cena da infância, destacando a criatividade e a simplicidade dos momentos vividos naquele período da vida.
Na primeira linha, o autor nos leva para um universo de inocência e felicidade, ao descrever o menino brincando no barro. Essa imagem remete ao prazer encontrado nas brincadeiras rústicas, que estimulam a imaginação e a capacidade de criar.
Na segunda linha, no verso "o cavalo era de pau", o poeta reforça a valorização das brincadeiras simples, sem a necessidade de brinquedos caros e sofisticados. Essa candura presente na escolha dos materiais ressalta a importância da criatividade e do lúdico nas experiências infantis, representando uma realidade despojada de ostentação. Quem é professor entende bem (d)isso.
Na terceira linha, o verso "cabo de vassoura tem sua serventia" nos remete à utilidade dos objetos cotidianos. O autor mostra que mesmo um simples cabo de vassoura pode se transformar em um brinquedo, despertando diferentes possibilidades de entretenimento. Que menino em seu passado nunca fez do cabo de vassoura o seu cavalinho?
O poemeto em tela é uma linda homenagem à primeira infância, com uma linguagem poética minimalista e sensível. Essa obra nos faz refletir sobre a importância de valorizar as pequenas coisas e as experiências inocentes vividas durante essa fase da vida, resgatando a pureza e alegria que muitas vezes se perdem com o passar do tempo.
Texto do poeta Darlan Torres