Entrevista
PARA O BLOG DA AIP
Entrevistado: Acadêmico Pedro Cardoso
Cadeira: 18
Patrona: Sonia Godoy
1) Nascer em Minas define um modo de ser? Quais as lembranças que guarda da sua infância? Gostaria de falar sobre seus pais – origem, perfis, legado?
1.1 Acredito que sim. Sou como quase todos os mineiros, meio desconfiado, meio calado. Às vezes falo Uai, às vezes, "na estação", falo: "pega os trens que a coisa vem aí".
Nasci em um município muito pequeno que se chama Bambuí. A cidade está localizada no Centro-Oeste de Minas Gerais e faz parte da região da Serra da Canastra. Mas logo me mudei para Goiânia. Porém, a ascendência mineira nunca me deixou, está grudada em mim. Sempre que posso procuro minhas raízes, seja na comida ou na fala.
Ser mineiro é apreciar o nascer do sol todas as manhãs, é ouvir o cantar dos sabiás no entardecer, é ouvir o mugir do gado à beira do curral, é sentir o despertar do tempo e o amanhecer da vida que sempre floresce. É ter simplicidade e pureza na alma.
1.2 Quais as lembranças que guarda da sua infância?
Preciso dizer que minha infância e adolescência foram até os 24 anos de idade, quando comecei a trabalhar no Serviço Público Federal. Até então, vivia para jogar futebol e soltar pipa nos dias mais ensolarados. Devo dizer que brigava demais, cheguei a quebrar o nariz por três vezes.
Nas horas vagas dava aulas particulares de matemática, geralmente para crianças e adolescentes. Era bom demais! Tenho saudade daqueles meninos de outrora.
1.3 Gostaria de falar sobre seus pais – origem, perfis, legado?
Falar dos meus pais me emociona. Meu pai apenas terminou o segundo grau, meu Herói, que me levava para o seu trabalho no cano de uma bicicleta Harley, de cor preta e pneu faixa branca.
Minha mãe não terminou o primário, mas deixou três livros publicados. Sempre contando suas histórias, da infância à velhice.
Ela teve 13 filhos, de parto normal e em casa, com parteira. Todos estão vivos e formados com nível superior.
Em tempo...
falar de minha mãe
é algo grandioso para mim,
é quase uma insanidade
defini-la? não é o caso!
não há uma única palavra,
que eu possa dizer neste momento,
que a descreva com total fidelidade.
suas virtudes, ora findas e mortas,
ficaram registradas nas paredes do meu Ser
como lembranças difíceis de serem apagadas.
hoje é um dia paranoico para as minhas verdades,
me doem os ossos, as carnes e metade da alma,
me sinto um menino desnudo,
é como se um nó desatasse as minhas mãos,
me deixasse solto e só.
talvez não devesse revelar estes sentimentos,
eles fazem parte do que há de mais sagrado em mim,
melhor seria que eu chorasse com meus irmãos,
com os amigos e os parentes.
cada pá de terra despejada,
foi como se enterrassem com ela
os meus sonhos
os meus encantos
a minha concretude.
Mãe!
penso que sou um filho insano,
confesso que rezei por sua morte nestes últimos dias,
horas infindáveis... vil solidão!
porém uma parte de mim é luto
a outra, quase na sua totalidade, é gratidão.
não sou o mais bonito dos seus filhos,
nem o mais forte ou rico
posto que, só desejei ser um Fingidor,
um poeta dos versos livres.
leve os meus sonhos,
os meus pesadelos
as minhas vísceras
para onde for
e que Deus a tenha
como a mais bela rima dos meus poemas
2) O que lhe atraiu para a escrita, desde quando escreve e porquê?
Sempre tive vontade de escrever. Mas sempre achei muito difícil, os versos viviam brigando em minha cabeça, uma loucura! Escrevi um livro, uma ficção, quando tinha 22 anos, mas nunca levei adiante. Permanece adormecido na estante, escrito à mão, nos cadernos que eram doados pelo FENAME - Fundação Nacional de Material Escolar.
Quando surgiu a internet vi que algumas pessoas estavam publicando poemas em um concurso extremamente singelo. O dono da página recebia os poemas e os colocava um ao lado do outro, para que as pessoas votassem no de sua preferência. Foi aí que tive a ideia de mandar um poema da minha mãe. A votação era ínfima, em termos de número de votantes, mas ela ganhou. Nisso, despertou em mim a vontade de fazer o mesmo. Comecei a escrever mas não mandava pra lugar nenhum. Até que um dia ela me incentivou, disse que eu não perderia nada, que eu mandasse para o concurso. Mandei vários, até que um dia eu também ganhei. Assim foi que criei coragem, comecei a mandar para outras páginas que haviam na internet naquela época. Por incrível que possa parecer um desses poemas foi parar nas mãos do Goulart. Ele me convidou para participar de uma coletânea que seria lançada em Cuba. Foi quando me convidou também para participar do grupo Poetrix, Acho que isto foi em 1999, pois minha senha era - Renata99. Logo em seguida conheci a Tê Soares, em uma sala de bate-papo que se chamava Papo-cabeça. Ela me incentivava muito, sempre fazendo críticas construtivas e interessantes. Foi também nesta sala que conheci a Aila Magalhães. E então, eu as convidei para fazer parte do grupo Poetrix. Infelizmente a Tê Soares parou de escrever faz um bom tempo - adoro os seus escritos.
Praticamente, escrevo, com afinco desde o nascimento do Poetrix, portanto, com o qual muito me identifiquei e pelo qual me apaixonei, há 22 anos. Falar muito....com poucas palavras traduz meu jeito mineiro de ser.
3) Como sua formação acadêmica influencia na sua escrita?
Sou formado em Ciências Contábeis e Economia. São coisas bem diferentes da Literatura de um modo geral. Sempre me vi envolto com os números. Eles são frios demais, não vejo rimas entre eles. Às vezes são irracionais. Portanto, infelizmente, a minha formação Acadêmica não teve praticamente nenhuma influência relevante na minha escrita poética. Uma pena!
4) Que autores tiveram mais influência na sua prosa ou poesia?
Quem mais me influenciou foi Rabindranath Tagore. Com o livro - Oferenda Lírica, Edição 1969. Depois vieram Augusto dos Anjos, Machado de Assis, T.S. Eliot e Frederico Garcia Lorca. Estes são os autores que mais me influenciaram. Mas gosto de muitos outros.
5) Acha que a Arte também salva? Poderia falar sobre a importância da Arte para a vida de todos?
5.1 Sim, com certeza. Vou falar da escrita que é a que mais se aproxima de mim, é onde encontro abrigo para os meus devaneios habituais. Ela nos permite voar, viajar, chorar, cantar, nos oferece quase tudo. Às vezes passo horas, dias, até semanas buscando alguma coisa nova para escrever. Fico radiante quando encontro uma perspectiva diferente, uma vertente que não conhecia, mas que estava por aí em algum lugar adormecida.
5.2 Poderia falar sobre a importância da Arte para a vida de todos?
A Arte, de um modo geral, é fundamental para a vida de todos aqueles que amam viver nas entrelinhas. Nós não conseguiríamos sobreviver sem ela. Todas as formas de expressão são vitais e necessárias. Cada um, que viva, com as suas preferências, sonhos e, às vezes, medos.
6) O que diria sobre a frase de Manoel de Barros “O que é bom para o lixo é bom para a poesia”?
Que tudo que existe ou que pode ter existência, real ou abstrata, mesmo que não tenha qualquer valor econômico, é um bem precioso para a poesia de Manoel de Barros. Portanto, a beleza das "coisas" depende do olhar de cada um de nós.
Sua frase demonstra que a poesia está nas coisas mais simples e que há beleza onde menos se espera.
Ele revolucionou a linguagem da forma como ela nos era apresentada e fez dela cenários de brincadeiras para os seus belos poemas.
7) De onde vem sua inspiração para escrever? Como é seu processo criativo? Tem períodos em que não produz? Se sim, como reage?
7.1 Neste momento estou escrevendo um livro de Poetrix de acordo com as Novas Diretrizes. Para mim, está sendo um desafio.
Acredito que a feitura do Poetrix, após o advento das Novas Diretrizes, ficou mais trabalhosa, mais apurada e, até, mais elegante. Creio que este tenha sido o grande mérito das diretrizes. Porém não concordo que as Novas Diretrizes sejam algo tranquilo para quem está começando a escrever esses tercetos.
A pontuação ganhou um enorme destaque, pelo menos para mim. Ela se fez presente de uma forma gritante. Por outro lado penso que a concisão ganhou força, uma vez que o poema ficou mais elitizado, mas profundo. É muito difícil conseguir uma boa concisão obedecendo as novas regras. Esta é a minha opinião. Sei que muitos não concordam comigo. Isto, a meu ver, é sinal de que estamos procurando o melhor caminho a ser seguido.
7.2 Como é seu processo criativo?
Esta é uma pergunta que todo mundo gosta de fazer. Acredito que seja igual ao dos outros poetrixtas. Eu tenho uma peculiaridade que é não jogar nada fora. O que não uso fica para um outro momento.
Sempre tive a mania de ler placas e letreiros nas ruas. Foi em uma dessas leituras que tive a ideia de criar o Palavratrix. Li em um outdoor - Sertãozinho. Aí foi quando dividi a palavra em três versos, dei a ela um título...e criei a teoria.
7.3 Tem períodos em que não produz? Se sim, como reage?
Não, não tenho esses períodos sabáticos. Desde quando comecei a escrever Poetrix sempre estou pensando em algo novo, querendo criar novas derivações, novas vertentes para os tercetos. Quero crer que ainda existam muitas para o meu deleite e desgosto de alguns. Mas não vejo como um problema. Acho até interessante, me permite defender minhas ideias com unhas e dentes.
8) Por que se interessou pela poesia minimalista e especificamente, pelo Poetrix?
A poesia minimalista sempre foi um objeto de desejo para mim, é com ela que me alegro e abraço. O Poetrix encaixou perfeitamente nisto. Na minha cabeça o Poetrix é muito maior do que os três versos através dos quais se apresenta. Ele vai muito além do que nós imaginamos, permite várias interpretações e arranjos, para quem dele se apropria.
Sei que muitos não gostam de suas variações. Mas vejo nelas algumas alternativas de escrita para os autores, onde se pode caminhar sem medo de errar. São verdadeiros quebra-cabeças minimalistas, só isso!
9) Gosta de pertencer à Academia Internacional Poetrix, a AIP? Qual a importância dela? Por que escolheu Sônia Godoy como sua patrona?
9.1 Tenho um grande orgulho de fazer parte desse grupo. Sinto que ele veio para ficar. Posso imaginar o quanto é complicado administrar tantos Egos diferentes, incluindo a mim, e com tanta destreza.
9.2 Qual a importância dela?
Vejo na Academia uma porta de entrada para aqueles que gostam de bons Poetrix. Uma vitrine onde podemos postar o que de melhor produzimos, e não poderia deixar de ser assim. É um objeto de desejo para os que realmente têm paixão pelo terceto, onde me incluo, com muito prazer e orgulho.
9.3 Por que escolheu Sônia Godoy como sua patrona?
Raras vezes falei com ela, mas quando isso aconteceu, suas palavras ficaram grudadas em mim, como sua marca registrada.
Quando estava escrevendo os Poetrix Concretos ela me mandou a preciosidade que vou reproduzir aqui para responder melhor a esta pergunta.
Devolva-me
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10) Que projetos gostaria de ver implementados na AIP?
O que gostaria de ver implementado na AIP seria um projeto para o Poetrix nas escolas, de um modo geral. Confesso que acho lindo. Mas não tenho vocação, ou melhor dizendo, instrumentos... para realizar uma atividade como essa.
Tentei implantar um projeto desses em uma escola pública aqui do Distrito Federal. Foi um ano de muita dedicação, me ofereci para trabalhar como professor voluntário. Não tive qualquer apoio da direção da escola.
Não tinha horário fixo e muito menos uma sala adequada para desenvolver o que havia proposto. Quase sempre era disponibilizada a Biblioteca, que era, por incrível que pareça, muito barulhenta e pequena.
Quando percebi que não conseguiria ensinar os alunos a escrever poemas, fui para "outro extremo". Convidei um jovem, da idade deles na época, que toca bandolim, um garoto espetacular aqui de Brasília, que se chama Ian Couri. Foi muito bom! Confesso que me emocionei ao ver todos aqueles jovens de olhos arregalados, que nem conheciam um instrumento como aquele. Ele tocava chorinho. Lá pelas tantas uma menina levantou a mão e perguntou se ele só sabia tocar "aquilo". Ele parou, sorriu para ela e começou a tocar Asa Branca. Depois tocou até um rock. Foi lindo!
No final da aula, o Ian deu a palheta que estava usando para a menina que o havia questionado/provocado. Um gesto emocionante e repleto de simbolismo.
Tudo isso é expressão poética, a meu ver.
...E viva a poesia!!!
11) Qual a matéria dos seus livros publicados? Tem algum livro seu preferido? Em que gêneros já escreveu? Como divulga suas produções? Tem expectativas de venda quando publica? Como faz para vender a sua literatura?
11.1 O único livro que tenho publicado é esse que acabei de fazer com o Goulart, que se chama Poemas Encolhidos. É um livro que conta toda a trajetória do Poetrix. Acredito que seja inovador e contenha teorias literárias com fundamentações coerentes e apropriadas para os temas expostos.
Tem nas últimas páginas um texto sobre as Fórmulas Múltiplas, tanto minhas como de outros autores. Tem também um Grafitrix maravilhoso da Aila.
11.2 Tem algum livro seu preferido?
Como disse anteriormente, só tenho um livro publicado, uma parceria que adorei fazer com o Goulart Gomes.
A maioria dos meus escritos estão disponíveis no Recanto das Letras. Não tenho vontade de publicar muitos livros. Gostaria que os meus poemas tivessem asas e, que, voassem para outros mundos deixando para trás um rastro de poeticidade no ar.
11.3 Em que gêneros já escreveu?
Escrevi cordéis, contos, escrevi para alguns jornais impressos, crônicas, poemas livres, sonetos, hai-cai e não poderia deixar de citar, algumas cartas de amor. Considero essas cartas como algo gratificante e instigante. Escrevo para um amigo imaginário... que por vezes nem responde, mas não me incomoda.
Apesar de ter apenas um livro publicado e ter participado de quase todas as antologias, tenho muitos...escritos e sou feliz com todos eles!
11.4 Como divulga suas produções?
Basicamente só publico no Recanto das Letras e em algumas Antologias para as quais eventualmente sou convidado. Raramente publico um Poetrix no Instagram. Público pensando que aquele é o meu melhor poema.
Tenho orgulhosamente 157 seguidores no Instagram. Grande parte deles são meus amigos, a quem chamo de irmãos porque a poesia os deu a mim, ao longo dessas duas últimas décadas.
11.5 Tem expectativas de venda quando publica?
Não. Não tenho expectativa de venda, pelo contrário. Meus exemplares do livro Poemas Encolhidos serão deixados nas mesas de bares, escolas, bibliotecas, pontos de ônibus e doados para os amigos que se mostrarem interessados em conhecer o Poetrix mais amiúde. Isto, aliás, já está sendo feito.
11.6 Como faz para vender a sua literatura?
Tenho um desejo de nunca precisar vender nada de minha autoria, quero que meus escritos voem, que ganhem cor, que corram o mundo, sem restrições. Sonho que meus escritos não morram nas prateleiras das estantes. Quero dividir com as pessoas a minha poesia enquanto ela fizer sentido para mim.
12) Como escolhe os títulos dos seus livros e dos seus textos de prosa e poesia?
Nunca escrevo a partir de um título, para mim, ele vem sempre por último. Às vezes se acende uma luz quando começo a escrever. O título para mim é fundamental em qualquer tipo de escrita. É ele quem dá a diretriz para o leitor. É um chamativo severo para qualquer obra. Tento escolhê-los de modo que abranjam toda a minha ideia. Às vezes passo mais tempo procurando um título do que escrevendo o próprio texto. Tal a importância que eles têm na minha escrita.
13) Como definiria o seu estilo de literatura?
Estou mais voltado para o minimalismo. Acho incrível escrever pouco e falar muito. É um exercício de paciência e amor à Arte que pratico no meu dia a dia.
14) Como vê as redes sociais? Você interage nessas mídias? E o que acha dos grupos de literatura feminina e/ou feministas?
14 .1 Tenho um pouco de receio por conta da minha pouca habilidade. Quando me vi diante de um computador pela primeira vez, já estava com 52 anos de idade. Naquela época era um monstrengo para mim. Hoje, vejo que minha filha de 11 anos já é infinitamente melhor do que eu nessas coisas. Claro!
As redes sociais são como areias movediças, tem muito melindre entre os que delas fazem uso. Mas as vejo com bons olhos, apesar de algum receio.
O propósito principal delas é o de conectar pessoas. Preenchemos nossos perfis em canais de mídias sociais e interagimos com base nos detalhes que são, por nós, registrados. Nem sempre esses indicativos são corretos, de parte a parte, por isso, muitas vezes caímos em verdadeiras ciladas.
14.2 Você interage nessas mídias?
Muito pouco, minha parca habilidade não me permite grandes voos. Participo, principalmente, de redes sociais familiares. Neste caso acho tranquilo. Na maioria das vezes preciso da ajuda de minha mulher e/ou das filhas, para resolver problemas simples, porém dantescos para mim.
14.3 E o que acha dos grupos de literatura feminina e/ou feministas?
Acho super válidos, dou a maior força.
Historicamente tentaram apagar as mulheres na Literatura e agora elas emergem, mais do que nunca, com força total. Há algum tempo é impossível falar que as mulheres não escrevem. Apenas como exemplo cito a poesia de Elisa Lucinda, que vem ganhando cada vez mais espaço no cenário brasileiro contemporâneo. Seria impossível enumerar tantas outras e tão brilhantes quanto. Percebo que está próximo o dia em que não haverá mais diferença entre homens e mulheres, especialmente nas questões de Literatura.
15) Qual a sua visão de mundo na atualidade - e do Brasil?
Depois da Segunda Guerra Mundial, duas grandes potências emergiram como as nações política e militarmente predominantes: Estados Unidos e União Soviética.
Com a derrocada da União Soviética e a fragmentação do mundo socialista, o mundo bipolar deixou de existir.
Novas potências ganharam destaque. Os países da União Europeia, o Japão e a China, passaram a dividir com os norte-americanos o protagonismo geopolítico.
Na minha opinião, os Estados Unidos deixaram de ser o Norte para o resto do Planeta. Hoje nós temos de um lado - Rússia, Índia, China, África do Sul e talvez a Turquia. Do outro lado, temos o Japão e uma Europa enfraquecida, desnorteada, tentando se agarrar, como pode, aos Estados Unidos.
Hoje a nova ordem mundial é definida como multipolar, existem vários centros de poder. Neste contexto, vejo o Brasil perdido, sem ter um rumo certo: ora pende para a Rússia por dependência dos fertilizantes, ora para os Estados Unidos por conta de uma aparente proteção.
Quero acreditar que o Brasil terá Alckmin como protagonista do novo governo, enquanto Lula viajará, internacionalmente, buscando investimentos, reconhecimento e visibilidade para o nosso enorme país.
16) O que achou desta entrevista? Tem alguma sugestão a fazer para a Diretoria ou para as entrevistas?
Achei as perguntas bastante abrangentes. Na pergunta de número 11, por exemplo, há seis questões. Acabei sentindo necessidade de dividi-las. Mas gostei muito dos temas que foram abordados, deram-me a possibilidade de falar um pouco sobre mim e a minha poesia. Achei ótimo!
Sugestões podem surgir ao caminharmos, mas, por ora, acho que está ótimo!
17) Algum assunto, nesta entrevista, não foi abordado e sobre o qual gostaria de falar?
Gostaria de agradecer imensamente por esta oportunidade. Acho uma iniciativa relevante da Diretoria de Comunicação. Lembro que o Goulart, no início do MIP, sempre fazia uma entrevista, semelhante a esta, com os que estavam chegando. Esta iniciativa é importante para a Academia, para o entrevistado e os que estão chegando. Todos saem ganhando. Obrigado!!!
... E viva a poesia!!!