Meus retalhos, minha vida!
Meus retalhos, minha vida!
Tenho guardados, neste meu baú sagrado,
Meus retalhos picados e matizados...
E desde a infância rosada,
Construíram minha história.
A juventude dourada,
Do chiclete e a alfazema,
Ah, os retalhos costurados.
Foi do tempo o que sobrou!
Agora na vida adulta
Entre correrias e afazeres
As cores que eram vivas
De cores cinza se pintou.
No grisalho da maturidade brotam novas esperanças
O coração feito criança, requer da vida alegria,
Remexo no meu baú, tiro cada retalhinho,
Remendo devagarzinho os pedaços do que fui
Hoje bordei-os com novas cenas e pintei-os de azuis.
Elizabeth Vargas Marcondes