Uma variedade de poetrix
Poetrix
1
Sobre a arca chinesa/ da china transportada
Num vaso cresce, encantada!
Linda orquídea perfumada.
2
De uma acácia rubra!
Que enfeitava a minha janela!
Chorei, só de me recordar dela.
3
O meu tino! desatina.
Quando as recordações me invadem.
Da minha África perdida.
4
Lá na roça! ao alvorecer!
Ouviam-se! os rumores vindos do rio.
Era a natureza a chamar....
5
Toca o sino com afã, logo cedo, pela manhã.
Café, mandioca torrada, com manteiga .
Estão na mesa.
6
Nas férias! a criançada
Corria a mata cerrada.
Sem medo.
Já era noite fechada.
Sentados, à roda da fogueira.
O velhinho, nos contava histórias de medos…(a)
7
Recordações? são saudades.
Que o coração retém.
Faz-nos tão bem….
8
Da paz abençoada! em guerra se transformou.
Porquê? Só o povo sofreu….
Tudo ficou em nada…só a arrogância avultou.
De tetita
Nota:(a) “velhinho” era o nome carinhoso que meu pai deu ao seu fiel cozinheiro que era mais patrão que o próprio patrão porque dele não se sabia a idade nem o nome, e era dele grande sabedoria, altivez e carinho. Emanava muito respeito e sua palavra era lei. Na cozinha mandava ele, mas eu acho, que ele mandava em tudo até no meu pai.u ma só palavra! e a criançada se aquietava. Tinha por ali aparecido, quando se desbravava a mata para o plantio, e ali ficou: Veio, certa manhã, das matas cerradas do outro lado do rio. Era por todos adorado. Meu pai o mandou baptizar de João mas nunca perdeu o” velhinho”era então o velhinho João que recordo com saudade, meu velhinho querido. Nunca se perdeu de nós, até à hora da separação a que a guerra nos obrigou.
Poetrix
1
Sobre a arca chinesa/ da china transportada
Num vaso cresce, encantada!
Linda orquídea perfumada.
2
De uma acácia rubra!
Que enfeitava a minha janela!
Chorei, só de me recordar dela.
3
O meu tino! desatina.
Quando as recordações me invadem.
Da minha África perdida.
4
Lá na roça! ao alvorecer!
Ouviam-se! os rumores vindos do rio.
Era a natureza a chamar....
5
Toca o sino com afã, logo cedo, pela manhã.
Café, mandioca torrada, com manteiga .
Estão na mesa.
6
Nas férias! a criançada
Corria a mata cerrada.
Sem medo.
Já era noite fechada.
Sentados, à roda da fogueira.
O velhinho, nos contava histórias de medos…(a)
7
Recordações? são saudades.
Que o coração retém.
Faz-nos tão bem….
8
Da paz abençoada! em guerra se transformou.
Porquê? Só o povo sofreu….
Tudo ficou em nada…só a arrogância avultou.
De tetita
Nota:(a) “velhinho” era o nome carinhoso que meu pai deu ao seu fiel cozinheiro que era mais patrão que o próprio patrão porque dele não se sabia a idade nem o nome, e era dele grande sabedoria, altivez e carinho. Emanava muito respeito e sua palavra era lei. Na cozinha mandava ele, mas eu acho, que ele mandava em tudo até no meu pai.u ma só palavra! e a criançada se aquietava. Tinha por ali aparecido, quando se desbravava a mata para o plantio, e ali ficou: Veio, certa manhã, das matas cerradas do outro lado do rio. Era por todos adorado. Meu pai o mandou baptizar de João mas nunca perdeu o” velhinho”era então o velhinho João que recordo com saudade, meu velhinho querido. Nunca se perdeu de nós, até à hora da separação a que a guerra nos obrigou.