Chuva; rosas ausentes

Chuva; rosas ausentes

Do quarto, à xícara de café,

vejo o asfalto espelhado,

pela tempestade intermitente

Durmo meu sono ocioso.

Águas desmancham a Mãe

Terra em fragmentos de dor

Desliza a terra, rola a pedra.

Cratera, aflora, engole um mundo

Exéquias de gente

Na casa, na alma sem chão,

espinhos em rosas ausentes

rasgam a pele deste povo.

Águas solapam histórias,

abrigo, sonhos e raízes no

alagado; Notícias do Jornal.

No céu cinza brilha o bem.

Mãos/ doação aquecem a lágrima

do olhar perdido no infinito.

Anjos sem asas, amor sem medida.

Neles, o” Cristo humano”, o qual

suja o pé na lama do coração do outro

O poema da moradora desolada

“ a perda é material, a emoção é luto”

Minhas pegadas inundadas.

Homem em prece, no

desamparo encontrar

a felicidade, onde parece inviável.

Fé, Esperança, Ação

Pilares do reinventar -se

na “desimportância” social e política.

Olynda Bassan

olyndabassan
Enviado por olyndabassan em 21/02/2016
Reeditado em 22/02/2016
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