na morte serei... o fim!
Estranho, como vejo, mas a morte que a vida!
E ainda gozo os meus trinta e oito anos,
O que plantei...
Nem hereditário fui capaz de gerar.
Estranho,
Vejo mas a morte que a vida!
Como quem mais ama, vive, sonha;
Sentir é tão desnudo.
Como... ! Vejo mais a morte que a vida!
E nunca fui fiel a mim,
Há como neguei os limites,
O poeta bebe um copo e engole uma pátria!
Estranho, vejo agora mais a morte que a vida,
E das poucas mulheres que ainda deita comigo,
Só sabem de mim pela carne,
Meu espirito deita só...
Estranho...
Como a tempo a morte me era feia,
Parecia-me bicho assombrado,
“Mas o corpo não se deu ao que veio”
E aceitar a ruina é tão prazeroso...
A morte me chega tão familiar!
Estranho!
A morte me é bem valida,
Aliás, bem justa!
Morto em vida fui...
E se o que Compus eram versos,
Passei contrario cada palavra dita.
Estranho...
Agora é a morte que chamo,
Chegai...
Há um mar que desboca meu rio,
E penso em chegar sem velas...
Casa minha...
Levanta,
Levantai os lenços
Eu navego deum cais
Sem mar!