O monstro era eu
Tenebroso e inseparável
acorrentava me ao chão.
Do mundo me escondia
em total escravidão.
O claro não existia,
muito menos de cor eu sabia.
A canção era sombria
e qualquer chuva
um tremendo temporal.
A vida quase não vivia,
praticamente nem existia,
pois um monstro não permitia.
Mas um dia raio o sol,
acabou se a escuridão,
as correntes se partiram
e um arco-íris se pintou
logo perto do quintal
e aquele monstro que havia
amassei com minha mão...