Sou eu a tua cigana
Vermelho lenço de cetim
ardente música lisonjeira
sou eu, menina cigana,
vendaval de encantos,
tempestade de doçura,
deleitoso manjar de formosura,
vinho torpe de magia,
voluptuosa poesia de amor,
pura perdição para você
que me retratas como donzela
moça, meiga virgem, jovem de mansidão.
Sou dona da magia, devasto sem piedade
seu pobre coração.
Sou eu, menina cigana, que com toda graça
te acanha, te esnoba, te assanha.
Sou eu, a tua cigana...