Peixe VI

Chove embaixo d'água
E o tralhoto nada sinuosamente
Contra a corrente do rio


tralhoto
(ô) [De tralha ou de tralho, poss.]

Substantivo masculino.

1. Bras.Zool. Peixe actinopterígio, ciprinodonte, anablepídeo, gênero Anablepe, com olhos divididos em duas porções, uma para ver fora da água e outra para ver dentro dela. Vive sempre à flor da água, e tem a nadadeira anal transformada em órgão copulador. As duas espécies conhecidas são A. anableps e A. microlepis, ambas da foz do rio Amazonas e das Guianas, até a Venezuela. [Sin.: quatro-olhos e tariota.]

© O Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa

 

Embora pareça óbvio que os peixes sintam dor, como qualquer outro animal, algumas pessoas ainda pensam que os peixes são como vegetais que nadam. Em verdade, no que concerne a habilidade de sentir dor, os peixes são iguais aos cachorros, gatos e outros animais. O Dr. Donald Broom, consultor científico do Governo Inglês, explica que ” A literatura científica é muito clara. Anatômica, fisiológica e biologicamente, o sistema de dor dos peixes é praticamente o mesmo que o das aves e dos outros animais.”

Os neurobiologistas já reconheceram, faz tempo, que os peixes possuem sistema nervoso que sentem e respondem à dor, e qualquer um que haja estudado Biologia sabe que os peixes têm nervos e cérebro que sentem a dor, como qualquer outro animal. Em verdade, os cientistas nos dizem que os cérebros e sistema nervoso dos peixes se parecem com o nosso. Por exemplo, os peixes (como os “vertebrados superiores”) possuem neurotransmissores como as endorfinas que dão alivio ao sofrimento — naturalmente que a única razão de os seus sistemas nervosos produzirem analgésicos é para aliviar a dor.

Afirmar que os peixes não sentem dor é comparável à argumentação intelectual e científica de que a Terra é plana.

Interessante é verificar que alguns cientistas construíram um detalhado mapeamento dos receptores de dor na boca e por todo o corpo dos peixes. Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Guelph, no Canadá, monitoraram recentemente a literatura científica sobre a dor e a inteligência dos peixes. Concluíram eles que os peixes sentem dor e que “há de se considerar o bem-estar desses\nanimais” A Dra. Lynne Sneddon, cientista que estuda a biologia dos peixes no Reino Unido, explica: “Trata-se, realmente, de uma questão moral. Sua pesca com anzol é mais importante que a dor que o peixe sente?

Cientistas da Universidade de Edinburgh e do Roslin Institute, ambos no Reino Unido,  relatam que ao reagirem à dor, os peixes sentem também um estresse emocional e apresentam um “movimento de contorção” muitíssimo similar ao tipo de movimento que apresentam animais vertebrados superiores, como os mamíferos.” A equipe de pesquisadores concluiu que os peixes,  sem dúvida alguma, sentem dor da mesma forma que a sentem os mamíferos,  tanto física como psicologicamente.

Como seria de esperar,  de animais que, sabemos hoje, são inteligentes e apresentam indivíduos  interessantes com memória e a capacidade de aprender, os peixes podem também sofrer devido ao medo e à antecipação da dor física. Pesquisadores de várias universidades dos Estados Unidos publicaram resultados de pesquisas que mostram o fato de alguns peixes usarem o som para comunicar a sua agonia,  quando redes são lançadas em seus aquários ou quando são eles ameaçados de alguma maneira. Num estudo individual, o pesquisador William Tavolga descobriu que peixes grunhiam ao receberem um choque elétrico. Mais que isso, os peixes começavam a grunhir, tão logo avistavam o eletrodo, numa inequívoca antecipação do tormento que Tavolga lhes impingia.”)

Segundo o Dr. Michael Fox, D.V.M., Ph. D., “Embora os peixes não gritem(de forma audível para os humanos) quando estão com dor e em angústia, o comportamento deles deveria constituir evidência suficiente do seu sofrimento quando fisgados ou capturados em rede. Eles se esforçam, procurando escapar e, assim fazendo, demonstram a sua vontade de viver.”

O que acontece com o peixe antes que chegue ao seu prato não passa de crueldade aos animais ¾ criados em “fazendas” marinhas ou pescados no mar, os peixes são tratados de maneiras que resultariam em punições a crime hediondo, fossem outros animais tão horrivelmente maltratados.

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( ... Imagem Google ... )

Moisés Cklein
Enviado por Moisés Cklein em 02/07/2013
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