INCAUTO
Sobeja os sonhos do infeliz votante,
Com gestos maneiros de astuto algoz,
Molesta o pobre e o sertanejo com
Promessas vis e sorri após.
Verbera em brados no cimo do alcance,
Através de um palanque onde ecoa a voz,
Qual abutre à carniça, da presa a cobiça,
Postura infamante ironiza o pensante.
Medíocre em anelos a todos enganam,
Sacia no povo a sede de poder,
De poder eterno atrelado a manias,
Que rouba e desvia, mas que ninguém vê.
Megalômana empáfia sempre iludidor,
Sorri da desgraça fazendo trapaças,
Dissimula a astúcia atrás de propina,
Cantando EU VOU...COM TUDO NAS MÃOS...
Tal qual um grileiro ou vil garimpeiro,
Na sede de ouro não lhe importa a dor,
Contente à beça dólar na cueca,
Safa - se em mil peças sentido o sabor.
Na lama da fama das fainas mundanas
No salário a gana só importa você,
Iludi a esperança, sincera lembrança,
QUE EM VOTO SOFRIDO! PAGARAM PRA VER !!!