Gramatica e Nostalgia

Mergulho nestas folhas com regras gramaticais sobre a minha cama, e, muito concentrada, procurando entender sobre o assunto; assim me vejo, apenas tentando sufocar os pensamentos que deprimem e distraem a mente. Vejo que “mim” não se conjuga antes do verbo, furiosa, tiro aquela bendita folha da minha frente e volto à estaca zero, sem conseguir estudar, sem conseguir te esquecer.

Vejo o quanto as normas mudam e as regras também, e isso me entristece porque temos que reaprender tudo outra vez. Percebo o quanto as pessoas mudam e não voltam mais e temos que aprender a viver sem elas, percebo também que seria mais fácil ter que aprender a conviver com as novas mudanças e aprender até sabê-las de cor e salteado. Preferiria ter que ler um manual com todas as mudanças que você teria e tentar compreender do que te perder de vista e não poder mais acompanhar seus passos.

Ainda com folhas de gramática normativas e descritivas nas mãos tento entender porque insisto em criar um mundo tão seguro e que aparentemente nunca irá cair se a vida é feita de riscos, sem tentar não podemos voar, amar, realizar. Assuntos tão diferentes rodando em uma mesma cabeça que tenta reconhecer, responder e armazenar as respostas e ainda tem quem ache que isso são bobagens das mulheres, mas aposto que tem homens que se veem obrigado a estudar algo e ficar martelando perguntas sobre como entender as mulheres.

Não sei se sou a pessoa certa para tentar achar uma respostar e tentar fazer você achar a resposta já que tenho que aprender o que são orações conformativas e proporcionais e isso confunde a cabeça. Tantas coisas passam na mente, mas finalmente chego a conclusão de que é melhor eu parar e ir dormir senão enlouqueço e meus textos não terão valor algum.

Mileide Leônova
Enviado por Mileide Leônova em 23/05/2012
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