Poetrix involuntário, roubado de Adélia Prado
Tomei conhecimento no RL do formato Poetrix e o achei incrível, por ter sido sistematizado por um brasileiro e pela sua capacidade de nos obrigar ir à síntese, desde então sempre que leio poesia busco captar dentro dos poemas um poetrix furtivo que ali se instalou involuntariamente, seguem três exemplos, extraído da poesia de Adélia Prado.
in DESENREDO
E no entanto é tudo tão pequeno
Para o desejo do meu coração
O mar é uma gota
In UM SILÊNCIO
Ela descalçou os chinelos
E os arrumou juntinhos
Antes de pôr a cabeça nos trilhos
ROÇA
No mesmo prato
O menino, o cachorro e o gato.
Come a infância do mundo