REPRISE


Gárgula, fascinante crápula
no auge de sua dor estética,
vive trepado no templo,
sem que o céu o veja
mirando o mundo de então,
com olhar de crise.

O diabólico ser,
o que poderia querer,
ao escalar parede
de sublime monumento,
debulhando-se em prantos,
ao deixar escorrer as águas
nas calhas de seus desencantos?
Mostrar finos seus grosseiros mantos?
Mera reprise,
gárgula a fazer de seu mundo, release.
Roberto Armorizzi
Enviado por Roberto Armorizzi em 28/06/2011
Reeditado em 30/06/2011
Código do texto: T3062302
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