Deseo
Olho o dia vazio, a demora, o tédio
Olho a noite, o escuro o desgosto
Quem dera ver uma lua brilhante
Quisera tivesse o desenho do teu rosto


Na tarde fria,
horrorosa
ninguém veste rosa

Sina
A minha alma ovelha irresgatável
Perdida nas quebradas da vida
Não atende o chamado do pastor
Segue sua sina amarga e cumprida

Chanson
Minha orquestra de pássaros secretos
Canta liras, nas superfícies do silencio
Da minha alma devassada
De claridade e sol

Poesia
Lambuzada de desconhecido
A poesia adentra o futuro
Pelas mãos do verso inseguro

Outono
Neste outono que chega com sono
Nesta estação de incertezas
Este dançar de folhas mortas
É única certeza que vive

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 24/03/2011
Código do texto: T2868854
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