desmatamento sem freios

pássaro ferido

pela visão do deserto

que o homem deixou...

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Hoje, rodei por mais de trezentos quilômetros em estradas de Rondônia, algumas vicinais, de terra. Até onde a vista alcançava, percebi que a floresta amazônica está perdendo, rapidamente, a desigual batalha que vem travando com o homem - e numa velocidade que assusta!...

Serrarias aos montes, caminhões carregados de toras extraídas de árvores seculares... Até troncos largados à beira da estrada eu vi.

E a visão daquele pássaro a voar, solitário, que me parecia aflito, certamente ferido pela devastação abaixo de si; como que a procurar por uma árvore onde pudesse pousar e descansar. E, quem sabe, com um pouco de sorte, sobreviver...