Desejos profanos
E, n'um ímpeto por encantos,
Submergi... E pedi-te em beijos!
Como se tomasse,
Teu vinho mais nobre em taça sagrada!
N'um só afundir,
Pra conter dentro de mim, tal sabor.
De vital, o calor em trama carnal
Imaginei em teus lábios depositar meu amor.
Como em oração complacente
Entregaria num gesto, sem pretexto igual.
Dar-te-ia o sabor da minh'alma profana,
Porém negastes em ter-me... Refluí, acalmei!
Contive tua face, estendidas tuas mãos,
N'um “gestuoso” desejo tomei-as em beijos!
Chorei...
Mágoas infantes por compunção,
A pretensão esvaiu-se em dor,
Foi-se de mim...