Desejos profanos

E, n'um ímpeto por encantos,

Submergi... E pedi-te em beijos!

Como se tomasse,

Teu vinho mais nobre em taça sagrada!

N'um só afundir,

Pra conter dentro de mim, tal sabor.

De vital, o calor em trama carnal

Imaginei em teus lábios depositar meu amor.

Como em oração complacente

Entregaria num gesto, sem pretexto igual.

Dar-te-ia o sabor da minh'alma profana,

Porém negastes em ter-me... Refluí, acalmei!

Contive tua face, estendidas tuas mãos,

N'um “gestuoso” desejo tomei-as em beijos!

Chorei...

Mágoas infantes por compunção,

A pretensão esvaiu-se em dor,

Foi-se de mim...

Suvalar
Enviado por Suvalar em 27/11/2009
Reeditado em 28/11/2009
Código do texto: T1946623