Percurso

Direciono-me. Não fujo.

Recoloco o telhado de minha casa interior,

seus assoalho, suas vigas. Preciso viver.

Não fui feita para labirintos.

Não sei me perder.

De alto à baixo do meu rosto

nunca escorreram lágrimas de papel,

foram sempre água...água verdadeira, fiel.

Mas é chegada a hora

de desalojar as sombras e

de transmutar minhas auroras de mármore

e gritar de dentro da minha própria penumbra

- Avante! Nunca é tarde, nunca é tarde!

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 03/05/2008
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T973750
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