Percurso
Direciono-me. Não fujo.
Recoloco o telhado de minha casa interior,
seus assoalho, suas vigas. Preciso viver.
Não fui feita para labirintos.
Não sei me perder.
De alto à baixo do meu rosto
nunca escorreram lágrimas de papel,
foram sempre água...água verdadeira, fiel.
Mas é chegada a hora
de desalojar as sombras e
de transmutar minhas auroras de mármore
e gritar de dentro da minha própria penumbra
- Avante! Nunca é tarde, nunca é tarde!