Teia da Vida
Eu parei para ouvir o vento
E sorrir para o pôr-do-sol
Então eu perguntei às aranhas
Em qual teia eu estava condenada
Senti a brisa acariciar o meu corpo
Eu me comovi
Quando o azul negro cobriu o céu
Mas não descobri o meu segredo
Talvez as folhas secas
Que pousam elegantes na relva
Ou as moscas
Que descansam em apenas uns dias
Como o odor das flores
Eterno em sua efemeridade
Me ajudassem a ser feliz
A me contentar com a simplicidade
O rio ondulado pelo sopro do vento
Me parece um espelho esmigalhado
E me sinto multifacetada
Em incríveis variações
. . . Ódio,
Energia,
Segurança,
Amor,
Dor. . .
Cada parte de mim se separando
Me superando
Me revelando
Me ensinando
Quem sou e quem não preciso ser
Como estou e o que não preciso ter
Em qual teia eu não desejo me envolver