CAMINHOS...
Colham-se as flores da brandura
Pois a vida é dura e tempo não há
Livrem-se dos espinhos da armadura
Pois a vida é dura e o viver o quê há
Plantem-se todas as sementes da caridade
Mas não por caridade deve-se plantar
Limpem-se todos os resquícios da vaidade
Pois a humildade é o terreno a se plantar
Abandonem-se totalmente as armas da amargura
Pois só mesmo a candura poderá lhe salvar
Conheçam-se a si mesmos bem como ao outro
Pois do conhecimento do outro terá que provar
Reguem-se os brotos da já combalida esperança
Para que ainda vejamos o futuro em nossos jardins
E possamos olhá-lo com o olhar de uma criança
Pois nem sempre a vida é festa ao som de clarins
Entreguem-se de corpo e alma ao amor
Pois é ele a flor de todo florido coração
Amem-se com todo afeto paixão e ardor
Pois na sinfonia da vida o amor é canção
LEILSON LEÃO