Linguagens Perdidas
Há mais que eu possa saber
Há mais que eu possa entender
Tudo não pode ser compreendido
Nem tudo me pode ser dito
Uma, duas, três. Miragem
Quatro, cinco, seis. Passagem
Não me foi apreciada a camuflagem
Por mim não foi aceita a sua vontade
Impossível saber, entender os mistérios
De tais relações que me são,
De tais conclusões, tudo em vão
À mim eu consolo em meus versos
Há oculta uma mensagem
Há implícitas em todas as linguagens
As respostas de quem se relaciona
As principais honras e desonras
Talvez seja esta a razão
De tamanha perseguição
Quem quer correr tamanho risco
De ser descoberto sem ser visto?
O olho que tudo vê
O ser onipotente e presente
Que todos nós podemos acessar
E tal conhecimento foi preciso podar
Sim, séculos de perseguição
Física e intelectual
A loucura e o ridículo
Escondem o poder do saber
Guardam os segredos esquecidos
Na palma de nossa mão
Escritos nas constelações
Escondido no inconsciente
Tudo esquecido pela nossa gente
O real não passa de uma mentira
Que nos aliena a vida
O irreal revela e desvela
A verdade que não deve ser vista