Clamores do sangue das manhãs
Os estandartes do sol em glória altiva
Reverberam pelas urnas do espaço
Um clamor de ouro, pompa de aço
Voa na tarde esplendorosa e volitiva.
A crista de cristal abre lírica crisálida
Soa suavemente o missal do peregrino
Incerta é a saga, a sanha do destino
Amorosa a esfera da mulher, ardente ou pálida.
Nunca se exaure do mundo a maravilha
Sagra-a alegremente a voz do ermo em festa
Vozes de opala e rubi na lira da orquestra
Tecem a grande prece da manhã tranqüila.
Quer o mundo em ondas loucas de desejo
Pulsa-lhe a artéria, voa-lhe a voz em silvo
Todo um sensual alarde clamoroso e vivo
Ascende na harpa eclética do beijo.
É o momento, arca aberta ao entusiasmo
Que esculpe a prece de flor no seio aceso
E sua luta, que nunca deixa o mortal ileso
Aos anjos mais clementes causa assombro e pasmo.
Vibre agora à tarde em pompa de asa
Cante o jogral o seu lirismo aceso
Esculpe a terra seu paroxismo teso
Sobre a guerra macabra e louca brasa.
Não se extinguirá dos astros a harmonia
Sobre as pontes do acaso em asa seleta
A vida almeja a aurora lúcida e concreta
Sobre a palheta do caos e sua adaga sombria.
Os estandartes do sol em glória altiva
Reverberam pelas urnas do espaço
Um clamor de ouro, pompa de aço
Voa na tarde esplendorosa e volitiva.
A crista de cristal abre lírica crisálida
Soa suavemente o missal do peregrino
Incerta é a saga, a sanha do destino
Amorosa a esfera da mulher, ardente ou pálida.
Nunca se exaure do mundo a maravilha
Sagra-a alegremente a voz do ermo em festa
Vozes de opala e rubi na lira da orquestra
Tecem a grande prece da manhã tranqüila.
Quer o mundo em ondas loucas de desejo
Pulsa-lhe a artéria, voa-lhe a voz em silvo
Todo um sensual alarde clamoroso e vivo
Ascende na harpa eclética do beijo.
É o momento, arca aberta ao entusiasmo
Que esculpe a prece de flor no seio aceso
E sua luta, que nunca deixa o mortal ileso
Aos anjos mais clementes causa assombro e pasmo.
Vibre agora à tarde em pompa de asa
Cante o jogral o seu lirismo aceso
Esculpe a terra seu paroxismo teso
Sobre a guerra macabra e louca brasa.
Não se extinguirá dos astros a harmonia
Sobre as pontes do acaso em asa seleta
A vida almeja a aurora lúcida e concreta
Sobre a palheta do caos e sua adaga sombria.