Verborragia

A vida me consome delicadamente.

Uma sucção, uma embriaguez da alma.

Ela se transfigura em luzes, em tons

e subtons... preenche todos os espaços,

todos os meus vãos possíveis.

Aos poucos, calma e ardilosa,

a vida me come.

Sou, no entanto, apenas proteína bruta,

ainda fadada aos ácidos do mundo.

Adri Engelbart
Enviado por Adri Engelbart em 29/03/2008
Código do texto: T921493
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