Gilbamar de Oliveira    
                      
                        
SE AMO ALÇO VÔO



O que vejo não percebo, mas toco
O que tateio não sinto, só almejo
Retiro, devolvo, apanho e coloco
De ti, linda garota, quero só beijos

Se amo alço vôo, alcanço o espaço
Respiro apressado em haustos fortes
São braços entrelaçados no cansaço
E corpos em busca de seus Nortes

O sentido é insensato, desvalido
O recato é da dor, o prazer, atrevido
Alegrias e tristezas se digladiam
Se choras as mágoas, os carinhos aliviam

A lágrima se amalgama com o adeus
Surpreende-me o verdor dos olhos teus
Nossa alcova são miríades de estrêlas
Abraçados na cama ficamos a vê-las
Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 25/03/2008
Reeditado em 25/03/2008
Código do texto: T915778
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