INVERNO

O inverno acusa a pele

de sua fragilidade,

com seu grande selo de esfinge

e sua luz de batalha.

Uma expressão de banquete

nos olhos.

Profundas raízes dragam chuvas

e árvores seminuas

lembram canções já esquecidas

em jardins inacabados.

Da consciência das origens

à costela de Adão,

escreve em lousas amareladas

mais uma estrofe da vida.

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 19/03/2008
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T908239
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