O EU SE MESSIÂNICO...

Ao século XXI o homem alcançado

Sempre depara com sua evolução

Recrutando pelo olhar do passado

Uma essência composta de reflexão

Embasada nos ideais, em anarquia

liberdade, alternativas e revolução.

Sim! certeza há na mente inquieta,

De um louco acordado e sonhador

Não compreendido, mas visionário

Por cujos caminhos em face da dor

Humano foi artista, sido demasiado

Trafega pelas ondas do disco voador.

Da metamorfose, ventura do tempo

De raça divina tem o poder de criar

Aquele sopro real da beleza provém

Expande a galáxia o contínuo cantar

Vívido algures do cosmo ambulante

Transcende matéria, espírito a bailar

Flamejada sua onírica existência reside

Sob espaço oculto da desperta vontade

Inextinguível busca da eterna procura

Adiciona filosofias, tristezas e verdade

Falando aos indivíduos, profanos e sós

Tal o ressurgimento de outra sociedade.

Navegadores as vossas bússolas deixai

Ressacas de dúvidas, reformular a devir

Idas Atlantas de apontamentos colossais

Dado qualquer instante de vigília e sentir

Conquanto havido depois pelos mundos

Elevado a camadas e dos limites abstrair.

Esperança da solução não é mitologia

Calado o destino é mera providência

Perimetra o Brasil aberto por Pandora

Política corrupta regalada à eficiência

Em versos sonoros aduzindo Raulzito

Aluga-se travesseiro e não consciência!

Invólucro na imensidão do pluriverso,

Tido de inquietações na alma contida

Fluiu celebrar da música, Raul Seixas

Aconchega místico à consorte querida

Remanso de anil, encobre-se da noite

Um canto revela dos segredos da vida.

Excursando pelas estrelas e nebulosas

Referiu-nos ainda das pedras a solidão

De lágrimas arrebatado Raul transitava

Os olhares no âmago do nosso coração

Galgado cativo da triste figura cavaleiro

Argucioso por ventos, impelidos de ação.

Da guitarra acordes ultrapassa ao ouvir

Transformada da areia no trem a chegar

Todas as vibrações das barreiras tecidas

Abrangendo as criaturas do sistema solar

De muitas dimensões ou por nascimento

Alimentaste a erva para nos compartilhar.

Destas correntes dimana pelas caudais

Ampulheta perfuma de uma primavera

Substancia do EU na cinza das nuvens

Pintada de ilusão e arrebóis de quimera

Do toque recebido já somos os homens

Vede Raul Seixas, o zênite da nova era.

João Cordeiro
Enviado por João Cordeiro em 19/03/2008
Reeditado em 19/03/2008
Código do texto: T908000
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