A estatua

Olhe para mim agora

Apenas um monte de barro retorcido

Endurecendo com o passar do tempo

Olhe para mim

Ainda com esse cheiro estranho

Tão sem forma

Não me importo

Quando fecho os olhos

Percebo tudo que posso ser

Sou tudo que desejo ser

Sou vida

Sou alma

Sou luz

Sou amor

Quando fecho os olhos

Vejo minha foça

Não sou mais apenas barro

Sou a essência

Toda bondade da alma

Todo amor do mundo

Sou divina

Quando abro o olhos novamente

Não sou mais apenas barro

Sou uma bela estatua

Moldada por mim

Com minhas próprias mãos

Com meu próprio sangue

Com minhas próprias lágrimas

Eu consigo me ver

Me construir quantas vezes forem necessárias

De acordo com os desejos da minha alma

Moldar que precisa ser moldado