A AGONIA DA ROSA AZUL




Inundou os campos,

as montanhas...

Azulou os pirilampos,

as ânsias estranhas.

 

Foi como se o fermento

da lágrima tudo tivesse aumentado

em águas de anil.

Tudo o que se pensou,

se sonhou,
se viveu,

se viu....

 

As pétalas perderam o itinerário

na noite e um dromedário,

perdido,

mastigou as cores

para não ser mais

reconhecido...

 

Azul que enegreceu

a noite que se perdeu

de suas estrelas mais belas,

da aquarela da vida,

O que resta?

Um pássaro azul perdido

desconhecido de si mesmo,

voando pelas frestas

para saber se não mais se ferirá
em algum azul das
penas
que lhe restam.

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 04/03/2008
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T887451
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