Corpo de um horizonte

Linha do etéreo

Contorna as horas de azul

Leva para bem distante

O nosso olhar

Aceno da imensidão,

Horizonte, és no vento

Alma esparramada,

Reflexo de um pensamento

Um pássaro acorda o dia

Que dormia no teu colo de marfim

O sol no ocaso vai romper suas fronteiras

Verticalmente

E o luar, ó horizonte!

Surgirá das tuas entranhas

Plagiando o teu silêncio

Perseguindo teus lânguidos limites

Corrompendo o teu fervor

E passará a fria e descendente madrugada

E sempre estarás tu

Imponentemente abóbada espalhada

Estátua abstrata

Corpo de um horizonte.

lucheco
Enviado por lucheco em 29/02/2008
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