Rede de Renda
Rede de renda
Ouviste a canção de Deus
A profana que ele compôs
Ocaso ardia em queimares
Anjo de pudores e armas?
Viste um brilhar celestial
Azul vermelho em torpor
Nas filosofias e muralhas
Santo sim de paz e guerra?
Recostarias no meu peito
Cândido em nudez e arte
Ouvirias sinfonia de luz
E a alma oca que te quer?
Vejas o pedaço de céu
Sintas o bem perfume
Preciso feito a métrica
Sonoro quanto à rima
Cativam-me teus ouvires
Teu falar na minha pele
Harpas, deuses e améns
Sons, vinhos e consertos
Desconvexos quereres vis
Sonho-te nas rasas vestes
Entre olhares e serpentes
E prendo-te em meu éden.