PINGOS DE POESIA QUE PINGAM NO ESCURO I
Entra pela minha janela,
Lânguida, cálida, singela...
Desembaça meus horizontes,
Pedaço de nuvem- mistura de água e pó.
Depois de ti, são claros os meus vidros.
Adentrai e clareai meus pensamentos,
Suicida-Amante,que se atira das alturas
No abismo do chão
E se enterra em minha pele.
Beija-me, dá-me tua saliva fria
Que cheira a terra e grama.
Entra sem mais cerimônias
Invadindo o meu castelo noturno.
Entra na madrugada de mim,
Fria e solitária,
Chuva Visitante,
Alegria inesperada;
Entra pela minha janela,
Refresca meu corpo,
Molha a minha noite
E me lava a Alma.