O Fantasma
Assombrando uma casa ele vivia
Prezo a solidão
Ninguém ele queria
Expulsava a todos com suas faces aterrorizantes
Rindo depois ele jazia
E na escuridão permanecia
Um dia avistou uma luz
Luz que desde morto não via
Viu risadas de criança
Amigos conversando
Casais se amando
Chorando fechou a fresta cuja luz deixou entrar
Á um canto do cômodo se encolheu
Triste lamentou a solidão escolhida
Por cinco vezes a luz apareceu
E todas as vezes. ele ao canto se recolheu
Sem coragem de encarar, sempre fechava a fresta
O Fantasma, recolhido no canto da casa
Assustado pela luz da vida
Prefere continuar fantasma
Escondendo-se pelo resto da vida ou da morte
Da luz que na verdade tanto queria