O Fantasma

Assombrando uma casa ele vivia

Prezo a solidão

Ninguém ele queria

Expulsava a todos com suas faces aterrorizantes

Rindo depois ele jazia

E na escuridão permanecia

Um dia avistou uma luz

Luz que desde morto não via

Viu risadas de criança

Amigos conversando

Casais se amando

Chorando fechou a fresta cuja luz deixou entrar

Á um canto do cômodo se encolheu

Triste lamentou a solidão escolhida

Por cinco vezes a luz apareceu

E todas as vezes. ele ao canto se recolheu

Sem coragem de encarar, sempre fechava a fresta

O Fantasma, recolhido no canto da casa

Assustado pela luz da vida

Prefere continuar fantasma

Escondendo-se pelo resto da vida ou da morte

Da luz que na verdade tanto queria

Sabrina Ferreira
Enviado por Sabrina Ferreira em 17/02/2008
Reeditado em 21/06/2009
Código do texto: T863739
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