VOANDO
A manhã se revela,
Resplandece, oferece vida,
Uma borboleta pousa na janela,
Me observa, me convida,
Para um voo encantado.
Eu; tão concreta, nesse momento,
Tão afeita à realidade.
Transcender, me envolver,
Com o encantamento...?
Não vejo possibilidade.
Mas, aquelas asas macias,
Aquela vida a me envolver,
Aquele convite,
“Aproveite o dia”!
Quando dei por mim,
Já estava transmutando,
Rompendo limites,
Dizendo sim,
Para a pluralidade,
Mulher-poesia fora da gaveta,
De asas dadas com a borboleta,
Voando,
Voando...
Exultando a liberdade.
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SIM OU NÃO?
Não sei se devo ou não devo,
tenho medo, não me atrevo,
a tal sorte experimentar.
Voar, voar, voar,
deixar-me ir com o vento.
É um belo experimento,
romper limites, barreiras,
fantasia derradeira,
que me envolve, me dissolve...
e acabo dizendo sim.
O que vai ser de mim?