AQUELA ALMA
Aquela tarde cinzenta,
Aquela alma isenta,
De lucidez,
Aquela alma na tarde,
Ignorando o talvez,
Dando vez à intensidade,
Na sonoridade do vento.
Aquele eólico compasso,
Inquieto movimento, ‘
No espaço gris.
Aquela alma transmutada,
Transformando a nebulosidade,
Em matiz,
Alma delineada
Pelo poético traço,
Absurdamente feliz.
Aquela alma na linha
Do imaginário,
Se sentindo uma andorinha,
Sozinha e fazendo verão.
Aquele vento solidário,
Ofertando a alma projeção.
Aquela alma sendo o que é,
E o que não,
Dançando,
Realçando,
Avançando
Sobre o mar.
Aquela alma a cantar,
A canção de Jessé,
Voa liberdade.
...É a minha.